sábado, 30 de março de 2013

A PaLavra é... ALTeRnaTivO (publicado no Jornal de Artes


A palavra é... ALterNativO

Alternativo. De ter opção, escolher o que mais lhe convenha. Nada de tendência e temenças, sem os interesses que visam moeda. Sem instituição e que um chefe sempre manda, não. Semente a palavra de ALTERNATIVA e suas consequências, que não cabe a palavra amordaçada. Sem grito de horror, só o absoluto gritar Liberdades. Virar as mesas, ver aranha tecendo o fio para própria ArTE. Tecer a casa.
Há pouca coisa no dizer das gramáticas ou dizem tanta palavra para alternativa. Alternativo mingua a explicação por uns adjetivos e depois que desentendo as gramáticas e, por isso me divirto com elas feito uma criança no jardim de algodão-doce. E brinca pião, vou de sublinhar apenas uma, lá dizia a explicação: alternativo. Alteradizo – uma mujer con su cepillo, el pelo porfiado, mientras el viento quebrantando la naturaleza de rebeldia... La mar los vía.
Fiquei de asas. Mas vamos ao que a palavra não disse e eu via – de aLternAtivo e que muitos lhe atribuem. Alguns nem sabem fazer poema, mas que sobre as próprias vidas vivem em versos de uma canção. Doremifar! Gosto dessas criaturas fazendo um Sol em noites de trovoamentos. E gosto mais ainda de seus gestos obrando por “espaço de conforto” e, que a vida ali não tem disciplina para servidões.
Meus muitas vezes injuriados poetas vos juro, suas definidas artes de não ter juízo e ir vivendo assim, ganhar o pão e permanecer ALterNativo – isso é que é ser de ternuras pelas cotidianas coisas e as outras existências das criaturas. Até dizem de meus versos, sublimados! Generosidade.
Conquanto, vos traço palavras que mesmo nascendo de minhas vastas ignorâncias, tenho-lhes muito daquelas citadas ternuras. Até dissociaria suas existências em viver sendo aLTernatIVo – mas palavra de virar moda em mídias o ouvido bastante se cansa.
Entrementes, há Alternavantes os compromissos – Alternativo, por uma carência que pesa e que satisfação: gentes necessitando espaço e tempo para praticar artes que o capitalismo não quer ouvir.
As Multis os Bancos e as Estatais. As Câmaras e Senado! - Vejam João do Livro – uma Garage onde acontecem Saraus e Serestas, e que o amigo enseja dias Santos ou de labutar. Um labirinto de livros onde um bardo recebe amigos e viajantes. E lá se cruzam príncipes e profetas, mulheres loucas ou pedagogas, damas recitando cantigas de amigos ou violeiros. Às vezes desconsolado um rouxinol.
Os Bancos e as Estatais, as Câmaras e Senado. - Natalia – menina que empresta vitalidade a “Nomeando”, aquela casa tem ginga e berimbau. Meninos de África, guerreiros celebrem seus cantos que eu anseio tanto ser um Griô, de aldeia em aldeia narrado próprios espantos ou lendas que me cantam caminhos de se encontrar.
As Estatais! As Câmaras?... Eliete – O “Natureza Pura” em cooperação com amigas, lá encontras Sabores e Saraus e nossos corpos e almas retornam contentes pela boa nutrição. É sempre festa para os sentidos. Dos sumos na consumação, vasta lembrança de quando éramos felizes, colhendo o fruto com a própria mão. O arvoredo ficou aprisionado na memória de nossa infância.
Câmaras e Senados? Um protesto pra dizer não. Não aos tribunados.  Mas o Cláudio empresta “Café da Praça” pras tribos sem terreiro próprio, sem teto e com sonho de ter casa. Também tem comidinhas e Saraus, turismo e festivais ondes poetas quando se despedem dizem – Até logo, amigo!
Os senadores não dizem nada, ou a voz da casa é por própria causa. Contudo em toda via há entre tantos e entrementes... E esse ALTERNATIVO, o justo suporte suportando minhas palavras desvario, então que digo: todavia e toda vida - Jornal de Artes  é Muruci um bruxo e seu pupilo, há quinze anos no laborar para que ilustres desconhecidos possam nas páginas dar o seu ar da graça, revelando suas vozes e artes e, que as mídias outras não lhes reparam. É de graças as labutações do Editor.



2 comentários:

  1. Nossos corpos são melhores que as câmaras. Mesmo as altas mesmo as câmaras baixas. Assim, espero que um dia vc. escreva sobre o Mascate de sua infância, com seus pessuelos de couro e os dias que passava a lhe contar estórias. Abraços.

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  2. Quase consigo adivinhar as quase enigmáticas palavras!... E preciso fazer uma confissão:sinto dizer, falar daquilo ou daqueles que foram acontecimentos terra e sangue de memória da infância, é tão difícil, pesa um pudor que nem sei dizer. Apesar, às vezes acontece de em uma situação inusitadas, alguém, e vamos nos despindo em palavras. Depois fica-se com o grande susto.

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