Eu tinha sede e mastigava tempo. Eu tinha fome e bebia-me
líquido. À pré- entre e pós- minha existência, ou mesmo na desistência. Até que
de si as glórias nem passassem de memórias. Empoeiradas... Emparedadas entre o
passado e futuro.
Mas hoje - aqui - neste exato momento: um instante em
atributo às horas que fui eu em mim chorando... À flor mesma, e quando por eu
estar sóbrio e já não haver mais tempo...
Ser sólido apenas em partícula-pó.
- E quem me sabe as estrelas? Os pássaros... E que sou só um menino em concebê-los.
Além e por uns dedos em transe por querê-los junto a mim. Asas pra se voar...
Voar.
- E depois?
- Depois, que VERSE-me a eternidade.