sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Em Ofício de Relógio

Eu tinha sede e mastigava tempo. Eu tinha fome e bebia-me líquido. À pré- entre e pós- minha existência, ou mesmo na desistência. Até que de si as glórias nem passassem de memórias. Empoeiradas... Emparedadas entre o passado e futuro.
Mas hoje - aqui - neste exato momento: um instante em atributo às horas que fui eu em mim chorando... À flor mesma, e quando por eu estar sóbrio e já não haver mais tempo...
Ser sólido apenas em partícula-pó.
- E quem me sabe as estrelas?  Os pássaros... E que sou só um menino em concebê-los. Além e por uns dedos em transe por querê-los junto a mim. Asas pra se voar... Voar.
- E depois?

- Depois, que VERSE-me a eternidade.